quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Contactos com a população - Parte I

Numa primeira acção de rua, Maria P. Morais e Artur Valadas, numero dois da lista e presidente do Partido M.A.C.A.U., deslocaram-se ao longo da Avenida Luisa Todi para um contacto de proximidade com a comunidade de arrumadores que por ali exercem a sua profissão.
Conforme esperávamos, estes arrumadores são PESSOAS, de carne e osso como nós, que se socorrem deste expediente, porque em alguma altura da sua vida a sorte lhes foi madrasta e os levou para uma vida marginal muitas vezes ligada à toxicodependência. Com excepção de um que se encontra normalmente junto ao Montepio, que tem como imagem de marca, o andar sempre de fato e gravata, todos os outros não prezam muito o seu aspecto visual, criando algum desconforto aos que habitualmente estacionam ao longo da avenida, dando ou não a habitual moedinha.

Tal como em várias cidades e vilas deste país, este é um flagelo que se instalou à mais de uma década, e que não dá uma boa imagem aos turistas que nos visitam. É sem dúvida um problema da sociedade e é preciso pensar em soluções inovadoras para atenuar ou mesmo eliminar este flagelo.
As conclusões que tiramos destes contactos profundamente humanos, sem comunicação social por perto, bandeiras ou uma enorme comitiva gritando palavras de ordem são de que, a maioria destes homens e algumas mulheres, estariam dispostos a trocar esta vida de incertezas por um emprego condigno, com uniforme especial, ao ar livre e ligado ao trânsito, ficando entusiasmados com a ideia de virem a ser funcionários da Câmara Municipal na nova Cidade do Arco-íris, um trunfo guardado para ser revelado em breve por esta candidatura.
Para aqueles que já estão a pensar no aumento de custos com salários no orçamento da Câmara, fiquem a saber que basta dispensar 5 dos mais que muitos assessores, pagos a peso de ouro, que prestam muitas vezes apoios totalmente desnecessários, para dar emprego a pessoas como reais necessidades de serem novamente integradas na sociedade.
Em jeito de confidência, o carismático arrumador da Avenida conhecido por 'Cebola', por conseguir, quando inspirado, que os automobilistas fiquem com uma lagrima no canto do olho, quando conta as peripécias porque tem passado nas suas 23 primaveras, revelou-nos que o motivo que levou a Autarquia a dar o dito por não dito, e a criar em plena faixa de rodagem novos lugares de estacionamento ao longo da parte norte desta Avenida foi fruto de grande persistencia (e todos nós sabemos que eles quando querem são umas autênticas 'melgas') dele e dos colegas, que todos os dias interpelavam o executivo camarário e outros funcionários da autarquia, pedindo-lhes soluções rápidas para a sua falta de trabalho. Como nós sabemos, o actual executivo autarquico é muito sensível ao problemas dos seus municipes, e não descansou enquanto não resolveu o problema destes trabalhadores, mesmo que para isso fosse preciso engolir alguns sapos.

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