Actualizando-me, como faço todos os dias, com as novidades que vão saindo nos meios de comunicação social (digital) e na blogosfera, deparei com uma autêntica anedota:
(...) O lote que está entaipado, na zona atrás do tribunal, para obras com o propósito de serem realizadas investigações arqueológicas é também alvo de críticas. Jorge Santana perspectiva que ali se queira “construir um edifício de quatro pisos” e assegura que, quando estiver na liderança do executivo, “serão prestadas contas sobre o que está a ser tirado aos setubalenses”. (...)
Julgava eu que não era segredo para ninguém, que neste espaço vai nascer a nova clinica 'Tiagos' com SPA e tudo, clínica essa que se encontra actualmente com as suas instalações no Largo do Carmo,9 em Setúbal. Negocio que envolveu mais de meio-milhão de euros, não me preocupou demasiado, mas manteve-me atento aos seus desenvolvimentos. Apercebi-me que logo após a conclusão do negócio, houve a preocupação de rapidamente vedar o local, o que achei estranho já que qualquer projecto a nascer por ali demora seguramente alguns meses a elaborar e a aprovar, isto claro, se não existir o 'factor C', conhecido em Portugal, entre outros adjectivos e substantivos, por 'cunha'.
Na sua edição de 21-08-2009, o jornal 'O Setubalense' dá a noticia mais do que esperada: sempre vão construir aqui o primeiro de muitos mamarrachos, que vão nascer junto ao rio Sado. Eis a noticia:
Construção de edifício aprovada
A construção do edifício - cujo projecto de arquitectura foi apresentado pela SetúbalPolis -, irá ocupar 2..430 metros quadrados na rua Cláudio Lagrande, junto ao Tribunal da Comarca de Setúbal e foi anteontem aprovado, em sessão pública, com a abstenção do PS e votos contra do PSD.
A proposta refere que o imóvel não deve ultrapassar “a cércea dos edifícios envolventes, nomeadamente o do Tribunal e o da Segurança Social”.
Um pedido de informação prévia mereceu parecer favorável, em deliberação camarária, na qual é referida a “compatibilidade dos usos propostos com o ordenamento do PDM para o local”.
A parcela em causa, refere a proposta, em termos de ordenamento de PDM, insere-se numa área classificada como Espaços de Usos Especiais – Áreas Portuárias, jurisdição da APSS, condicionada ainda aos pareceres dos institutos estatais INAG e IGESPAR e abrangida pelo Plano de Pormenor da Frente Ribeirinha de Setúbal.
O projecto apresentado do edifício, com quatro pisos, apresenta uma área de implantação de 1.525 metros quadrados, numa área máxima de construção de 4.629 metros quadrados, dos quais 2.781 se destinam a comércio e serviços e os restantes 1.847 a habitação, com oito fogos.
O piso térreo é constituído por duas áreas distintas. Uma destinada a serviços e outra para estacionamento, no qual estão previstos 22 lugares.
Investigações arqueológicas serão certamente feitas neste local, mas somente daqui a muitas dezenas de anos, quando por efeitos do aquecimento global, toda a baixa de Setúbal estiver submersa...
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