domingo, 30 de agosto de 2009

A monarquia em Setúbal

Setúbal, uma bastião na luta da classe operária, chamada de Cidade Vermelha logo a seguir ao 25 de Abril de 1974, pode vir a ser a 1ª cidade de Portugal em que um candidato monárquico tem consideráveis hipóteses de ser eleito para liderar um executivo camarário - a Câmara Municipal de Setúbal.
Aqueles que ficaram de boca aberta pelo aparecimento de um partido politico, praticamente saído do nada, com uma candidata à presidência da Câmara Municipal de Setúbal, completamente desconhecida da grande maioria dos setubalenses, bem pode continuar de boca aberta (como eu ainda estou desde a passada 6ª feira, altura que descobri os factos, numa pesquisa continua que faço para estar à altura de bem servir a população deste concelho, caso seja eleita) quando descobri que o Partido Popular Monárquico (PPM) tem um candidato de peso para as Autárquicas 2009. Trata-se de Pedro Namora (a quem eu respeitosamente apresento as minhas sinceras desculpas por não o ter incluído na minha sondagem, o que tentarei remediar se for possível) que aparentemente, desde Maio de 2009 se apresentou como candidato pelo PPM às próximas eleições a realizar a 11 de Outubro.

Eleições autárquicas

05.05.2009 - 15h11 Maria Lopes

O ex-aluno da Casa Pia, Pedro Namora, é o candidato do Partido Popular Monárquico (PPM) à câmara de Setúbal nas eleições autárquicas deste Outono, disse ao PÚBLICO o presidente do partido.
Pedro Namora, que foi militante do PCP no início da juventude, era até há alguns meses director dos Recursos Humanos do município sadino. Mas acabou por sair em conflito com a presidente Dores Meira depois de se ter colocado publicamente ao lado dos trabalhadores num processo de contestação à presidência.
Há algumas semanas, o ex-aluno casapiano chegou mesmo a classificar o comportamento de Dores Meira de “prepotente, ditatorial e pidesco” numa conferência de imprensa que realizou à porta dos Paços do Concelho.
Namora insurgiu-se contra alguns procedimentos da presidência, que alegadamente mandaria mudar de cargo e local os trabalhadores que criticavam a sua governação, e que queria vigiar, por exemplo, os e-mails dos trabalhadores.
Confirmando esta mudança do partido comunista para as hostes monárquicas, Nuno da Câmara Pereira limita-se a afirmar, entre sorrisos, que “são ambos partidos de grandes causas e fortes convicções”.

Não sei como esta noticia me passou despercebida, já que os motores de busca dão centenas de resultados. Andava certamente atarefada com outros assuntos!
Agora, de candidatura para candidatura, num espírito de sã convivência e respeito nas divergências, desejo ao Dr. Pedro Namora que consiga passar a sua mensagem, a bem desta Cidade e Concelho. Os setubalenses certamente agradecem o terem a possibilidade de escolher, entre um vasto leque de propostas, a possibilidade de pormos novamente a Cidade de Setúbal em destaque (pelo bom sentido) neste Portugal, que poderia ser um país cheio de potencialidades e acima de tudo prestigio internacional e não ser associado constantemente a noticias (pelos piores motivos) comummente aceites, se vindas de uma Republica das bananas, Democracia africana ou Sultanato levantino (esta denominação surpreendente é bem recente, pelo menos para mim).

Felizes estão certamente os autores e seguidores do 31 da Armada, que não correrão qualquer risco ao hastearem a bandeira monárquica na Câmara Municipal de Setúbal, sem ser de noite às escondidas nem tão pouco, correndo o risco de serem presos.
Estava tão distraída com a escrita deste empolgante artigo, que sem querer a boca fechou-se. Finalmente!

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