Jovem dinâmico, possuidor de um currículo invejável para a sua idade, é licenciado em direito pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa. Contudo a paixão pela escrita e pelo jornalismo (foi durante três anos responsável pelo jornal da escola) levaram-no à redacção, como jornalista estagiário, de uma estação de televisão a dar os seus primeiros passos.
Abraçou uma campanha presidencial de corpo e alma e era frequentemente visto a fazer os resumos da campanha para a estação televisiva, do referido candidato.
A movimentação nos meios políticos levaram-no ao cargo de conselheiro de imprensa de um Ministro da Cultura. O seu trabalho empenhado levou mesmo o Ministro a propor um louvor, publicado em Diário da República, onde se lê:
"Louvo o Dr. Renato Silvino, meu assessor para a imprensa (...) ajudou-me de forma competente a exercer o cargo de Ministro da Cultura (...).”
É um sobrevivente, pois se não fosse as muitas amizades que granjeou no meio, tinha ido para o 'olho da rua' quando, Freitas do Amaral, armado em grande defensor do rigor das contas públicas, saneou cerca de vinte técnicos em exercício de funções no quadro externo, com o argumento de que se tratava de uma medida imposta pela “austeridade orçamental”. Foi contudo 'desterrado' para a Embaixada de Banguecoque à qual ainda se encontra ligado.
De férias em Portugal, tomou conhecimento do nosso projecto e propôs-se a colaborar como nosso mandatário da campanha, coisa que não nos podíamos dar ao luxo de recusar.
Vai assim ocupar o tempo extra que se propôs por cá ficar (pediu férias em vencimento até que o novo Ministro dos Negócios Estrangeiros seja nomeado) facto que explica como só ele sabe fazer, relembrando a Democracia Ateniense, Tucídedes e a oração fúnebre de Péricles, no livro II da História da Guerra do Peloponeso, quando, na exaltação das virtudes atenienses, dizia:
“A nossa constituição não copia as leis dos Estados vizinhos. Bem pelo contrário, somos mais um modelo para os outros que imitadores de costumes alheios. A nossa administração favorece a maioria do povo e não uma restrita minoria. É por isso que lhe chamamos democracia. Quando temos de recorrer às leis, verificamos que elas conferem a todos o mesmo nível de justiça, no respeito pelas suas diferenças. A progressão na vida pública depende do mérito e das capacidades de cada um, sem olhar à sua origem social. Se um homem possui aptidões para servir o Estado, não é a obscuridade da sua condição social que o impede o fazer (...) Mas toda a liberdade de que gozamos não faz de nós cidadãos sem leis. Contra este receio a salvaguarda encontra-se na nossa educação, que nos leva a obedecer aos magistrados e ao cumprimento das leis, particularmente as que respeitam à protecção dos oprimidos, sejam elas leis escritas ou pertençam aquela outra categoria que, não estando escritas, não podem sem vergonha ser violadas".
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